P.S- Esta biografia pode conter alguns erros, falhas  ou imprecisões históricas. Se encontrar algum, agradecia que me informasse através do e-mail do site.

Um pouco de História...

A ARC na competição...

 

O nome ARC advém das iniciais do nome de Almerindo Ribeiro da Cruz, conhecido por todos como "Engenheiro" ou apenas por "Almerindo." 

Almerindo Cruz possuia uma oficina de reparação de motorizadas que se situava  proxima da Estação da CP de Algueirão, perto de Sintra.

Na década de 70, a popularidade do Motocross a crescer por todo o país fez dispertar a atenção  do "Engenheiro", ficando este com a ideia em mente de construir uma motorizada de competição.

O problema é que naquela altura era extremamente difícil obter material para competição, que este tinha que vir do estrangeiro e era muito caro e difícil de arranjar, pois o mesmo tinha de entrar clandestinamente no país.

As primeiras experiências foram feitas com um quadro ‘Mondial’ todo transformado para acomodar um motor Sachs de 5 velocidades. A nível de suspensões era utilizada a clássica Ceriani com amortecedores da mesma marca.

Depois das horas de serviço eram construídas estas preciosidades, onde a preparação do motor era cada vez mais elaborada. De uma forma diferente do habitual para a època, que se baseava no empirismo, o "Engenheiro" socorria-se de toda a informação que conseguia obter para o desenvolvimento dos seus motores e escapes. Também os quadros eram cortados, reforçados, alterados no ângulo de incidência das suspensões, os braços oscilantes eram de fabrico próprio, enfim, tudo aquilo que podia transformar uma vulgar motorizada de estrada num modelo de competição.

Esta devoção pela competição começou a dar os seus frutos e as vitórias começaram a surgir a nível regional com pilotos da casa como  Francisco Lucas e  Jorge Magalhães ( Bill ), ou apoiados como  Óscar e  Joaquim ( Quim) Simplício.

Sempre fiel ao motor SACHS que adaptou em vários quadros, como o Gilera, o Fantic ou mesmo o da Honda Elsinore, começou a competir a nível nacional com resultados de vulto, como um Campeonato Nacional de Iniciados com  Francisco Lucas e um vice Campeonato de Consagrados com Jorge Magalhães. Mais tarde obteve mais um Campeonato Nacional com o Miguel Romão.

Praticamente todas as noites  a oficina enchia-se de amigos que acompanhavam o desenvolvimento das máquinas.

Durante o dia dividia a preparação de motorizadas e motos de competição com a assistência aos modelos normais dos clientes.

Uma das coisas que distinguia o seu trabalho era a qualidade e o seu profissionalismo. Nada era deixado ao acaso.

Embora apostasse mais no motocross, também preparou algumas motorizadas de pista para clientes e amigos.

Foi também o obreiro da construção da pista da Barrosa. Esta pista era um modelo para a època, sendo larga, com relevês e uma descida espectacular.

Ajudou ainda a Federação Portuguesa de Motociclismo como Delegado de Provas.

O seu empenho na competição muito contribuiu para o desenvolvimento do motociclismo  e para o aparecimento de uma série de pilotos de grande nível.

Continua actualmente ligado às motos, agora com a ajuda dos filhos, (eles próprios pilotos de mérito) sendo representante da Yamaha.

 A par de instalações novas no Algueirão Velho, possui ainda a velha oficina no Algueirão....

 

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