Macal 75 Trail. A trail desde os 16 anos.

Esta reportagem foi integralmente retirada de uma revista Motociclismo espanhola dos anos 90. O texto é da responsabilidade de Antonio J. Cuandra e as fotos de Emilio Jimenez.

Tradução para língua Portuguesa a cargo de www.motorizadas50.com

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A linha da Macal 75 Trail está na moda e a um preço muito razoável segundo o seu importador Cohisport, não devendo passar das 199,000 pesetas.

Não há a menor dúvida de que o segmento das Trail está a salvar de uma grande crise o sector da moto de campo. Até hoje as motos de Trail que conhecemos são de grande cilindrada e salvo a Yamaha com a sua DT 80,  as fábricas não se interessaram pela categoria A1. Para o próximo ano, os portugueses da Macal vão dar muita guerra com esta nova Trail de 75cc propulsionada por um motor Minarelli e com um desenho muito interessante.

O comportamento da Macal em uso desportivo está limitado por uma alimentação pouco generosa e pela menor aderência dos pneumáticos ecológicos. Possui equipamentos de boa qualidade como as suspensões Ideal e Roling, e o travão de disco dianteiro da marca AJP.

Desde a formação da empresa há escassos meses, o importador madrileno Cohisport não tem parado. No salão de Barcelona mostrou os seus projectos que pouco a pouco vão-se concretizando, começando pelos ciclomotores SIS que recentemente obtiveram a nova homologação e para o final do mês que vem estarão no nosso mercado a "um preço muito interessante" segundo nos confirmou Agustín Vázquez, o homem que leva adiante toda a operação.

Os projectos da Cohisport não só se centram na importação de marcas portuguesas SIS e Macal vinculadas aos motores alemães Sachs e italianos Minarelli respectivamente, mas também ao fabrico de um micro carro fruto da colaboração hispano- lusitana e outras surpresas que deveremos descobrir proximamente.

Pelo lado da Macal já começam a materializar-se os seus produtos. Um deles é esta Trail de 75cc cuja denominação ainda não está decidida e que neste momento está no nosso país disposta a superar os tramites da homologação que permitirá colocar à venda esta motorizada no principio do ano que vem. A Macal está conotada no seu país graças aos triunfos que tem conseguido desde à quatro anos nos campeonatos portugueses de Motocross dentro da cilindrada de 80cc. Tal e qual a espanhola Rieju, a Macal não só utiliza os motores Minarelli como parte dos seus modelos utiliza a arquitectura italiana Acossatto.

Assim, esta nova Trail possui um desenho similar ao da Acossato, mas com uma dupla cunha para albergar o motor Minarelli PR-6 de maiores dimensões que o ultimo MR-6. Basta observar a grossura dos tubos do quadro para dar-se conta da robustez da Macal devendo os seus genes á competição. Mas não é em robustez que se destaca o chassis, mas sim no comportamento. A moto vai para onde o condutor quiser, limitada apenas pela escassa aderência dos seus pneumáticos ecológicos.

Componentes nacionais para uma moto portuguesa de estilo italiano.

As suspensões estão confiadas a uma forqueta telescópica com 35mm de diâmetro e um monoamortecedor com progressividade variável Rolling que incorpora regulação do hidraulico.

Com todas as funções de ambos os elementos acima mencionados, a forqueta mostrou-se branda e mole e de escasso recurso, que se sacrifica para conseguir um tubo de direcção bastante largo para poder acomodar o conjunto farol, porta farois e quadrante, de proveniência da Italiana Malaguti, marca que celebrou um contrato de cooperação com a Macal.

O desenho da placa porta farois confere ao resto da Macal uma estética muito agradável. Sobre este pequeno acessório vêm montados os piscas.

Em cima leram bem: suspensões Ideal e Rolling espanholas. Mas não só se reduz a estas duas marcas a participação nacional nesta moto portuguesa. O travão dianteiro monta um disco dianteiro AJP de 220mm de diâmetro, com pinças e bomba da mesma marca; o traseiro é um tambor Nagesti e as manetes e punhos são também da Ideal. Para além disso todas as porcas e parafusos utilizados são "Made in Spain."

Os plásticos são uma imitação fiel dos Acerbis e tal como os originais estão fabricados em plástico inquebrável. São da responsabilidade da fábrica PM, uma marca portuguesa que parece que trabalha bem, salvo no polimento, pelo que a Macal deve pintar os plásticos, descascando-se a capa por falta de aderência.

O motor, como já se mencionou é um Minarelli PR-6 a ar, alimentado por um carburador de 17mm de difusor. É de construção mais sólida que o motor P6-R que deriva do motor de 50cc, mas não "estica" por causa da baixa carburação. As primeiras 4 velocidades são curtas e muito próximas entre si, com uma primeira velocidade "para subir paredes" e uma sexta velocidade mais descontraída para rodar pela estrada a velocidades próximas dos 85km/h.

A lacuna da falta do radiador será rectificada noutra variante deste modelo que terá culatra refrigerada por àgua e um carburador de maior diâmetro. É lógico que com esta versão se consigam melhores prestações e um comportamento mais desportivo.

A responsabilidade do amortecimento posterior é de um Rolling com regulação do hidraulico, tendo um sistema similar ao Pro-Link.

O painel de instrumentos é dos mais completos que temos visto numa 75cc. Inclui velocimetro com conta quilómetros, conta rotações, luzes avisadoras dos piscas e das luzes, temperatura da àgua, ponto morto e reserva de combustível, apesar destes ultimos não estarem a funcionar no protótipo de homologação.

O painel de instrumentos é de muito boa qualidade e provém das italianas Malaguti. Inclui velocimetro, conta-rotações e todo o tipo de botões luminosos.

Sobre o preço a Cohisport  pronunciou ser da sua intenção não superar as 199.000 pesetas, sendo bem aliciante para uma moto cuja qualidade podeis julgar através da visualização das fotos deste teste.

A firma portuguesa Macal tem estado sempre vinculada aos motores Minarelli. Para esta ocasião, a Macal Trail 75 utiliza o modelo PR-6 alimentado por um carburador de 17mm.

 

Ficha técnica
Motor	Minarelli PR-6
	refrigerado por ar
Diâmetro X Curso	46,5 X 44 mm
Carburador	Del'Orto 17mm
Ignição	Electrónica
Embraiagem	Multidisco em
	banho de óleo
Caixa	6 velocidades
Quadro	Simples berço
	desdobrado a altura
	da cabeça do
	cilindro e construído
	em tubo de aço
Suspensões	Dianteira por
	forqueta telescopica
	hidraulica Ideal de
	eixo dianteiro
	Traseira por
	monoamortecedor
	Rolling de
	progressividade
	variável
Travões	Dianteiro por disco
	AJP de 220mm de
	diâmetro.
	Traseiro por tambor
	Nagesti.