SIS- Sachs ST50 - Todo o serviço. |
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Esta reportagem foi integralmente retirada de uma revista Motojornal dos anos 80. O texto é da responsabilidade de Pedro Vitorino e as fotos de Photo Course. O site www.motorizadas50.com com a publicação destas reportagens pretende partilhar informações importantes sobre marcas e modelos que infelizmente já não se produzem e que dificilmente voltarão às páginas destas publicações. Se os autores/ responsáveis por estas reportagens acharem que este site ao publicar estes textos está a ir contra os interesses das publicações, enviem por favor um e-mail para motorizadas50@gmail.com que as mesmas serão imediatamente retiradas...
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Está é a melhor definição para a ST50, com um motor e uma configuração robusta, está apta a enfrentar as mais arduas condições de trabalho, seja em deslocações em estrada ou mesmo nos caminhos de terra das zonas rurais.
De linhas trail, a ST 50 apresenta-se bastante robusta.
Gozando de uma enorme popularidade, principalmente no interior de Portugal, a S.I.S. lançou um modelo com linhas trail mais actuais, tendo como base o conhecido motor de 5 velocidades da marca. Mantendo o tipo de equipamento e acabamento normal nesta casa e neste tipo de modelos, a ST 50 deverá cativar os habituais clientes deste tipo de veículo, ou aqueles que querem um meio de transporte barato, simples e robusto, embora com as actuais tendências do mercado, seria visto com bons olhos que este fabricante nacional tivesse em linha de conta essa mudança, se bem que muita gente ainda procure um meio de transporte economicamente acessível.
Estética.
A ST50 pretende ser um modelo moderno. Assim, apresenta alguns aspectos de estética agradável, mas muitos outros de gosto bastante duvidoso. Na frente, o farol mostra um desenho bastante harmonioso e os guarda-mãos apresentam-se bem integrados, mas já o guarda-lamas dianteiro, de desenho antiquado, vem tornar a frente menos agradável. Na traseira também este elemento (guarda-lamas) encontra-se pouco enquadrado com as tampas laterais, que se apresentam de acordo com o desenho do banco e dos paineis laterais do depósito.
O painel de instrumentos apresenta-se muito simples, englobando o canhão de ignição.
Acabamentos.
Este modelo possui um bom nível de acabamentos, quer na pintura, quer na qualidade dos componentes plásticos, merecendo uma referência os poisa-pés do condutor que se apresentam algo fracos. O painel de instrumentos possui, para além do velocímetro, luzes indicadoras de médios e máximos e também de piscas, embora este modelo não os traga montados, o canhão de ignição também fica neste local. No quadro junto à coluna de direcção fica uma tranca de direcção com chave. Os comandos estão todos localizados no punho esquerdo, que contém avisador sonoro, corta- corrente, interruptor das luzes e comando do ar. O punho direito fica reservado apenas para o acelerador. O espelho retrovisor possui um bom campo de visão, mas sofre influência das vibrações provocadas pelo motor (principalmente em alta rotação), tornando a visão algo algo imprecisa.
Motor.
Como já foi dito, este modelo vem equipado com o conhecido motor Sachs de 49cc e cinco velocidades, desenvolvendo uma potência de 6,25cv às 8.000rpm, e recorrendo a um carburador Bing de 19mm de diâmetro para alimentação. Neste campo, pode-se dizer que não há nada de novo, excepto no que diz respeito à colocação da caixa do filtro de ar. Para trocar de velocidade convém estar habituado à característica caixa de velocidades deste motor, pois entre todas as mudanças existe ponto-morto, para além do curso do pedal ser muito grande, o que leva a que se cometam alguns "pregos". Para entrar em funcionamento, o motor não revela qualquer dificuldade, apenas necessitando que se puxe a patilha do ar quando frio. É pena este motor não possuir "autolube", pois assim temos de recorrer à mistura já feita existente nas bombas de combustível, ou se preferirmos podemos fazer nós próprios a mistura. Quando em funcionamento, o motor transmite algumas vibrações ao quadro.
Na terra pode-se fazer algumas brincadeiras.
Comportamento.
Logo que nos sentamos, a ST50 revela uma posição de condução confortável e bastante natural de acordo com as suas características trail, com um assento cómodo e amplo a prolongar-se por cima do depósito, suficiente para transportar o condutor e passageiro.
A vista de frente apresenta alguns pormenores bem conseguidos, é o caso do farol e guarda-mãos.
Na frente a ST vem equipada com uma forquilha telescópica e roda de 19 polegadas.
Com uma forquilha telescópica à frente e um sistema mono-amortecedor na traseira, a ST 50 revelou-se algo dura de suspensões, principalmente em piso irregular. Na terra essa dureza assentua-se, se bem que não seja uma trail de caracteristicas desportivas, tornando a condução neste tipo de piso um pouco desconfortável. Quanto aos travões, são de tambor em ambas as rodas e se na terra se mostram adequados, já na estrada são pouco potentes, tendo em conta a velocidade que este ciclomotor atinge.
Em destaque o sistema monoamortecedor de acção directa.
Em terra será preciso "espremer" bem o motor para se tirar partido deste. Os pneus que equipam este modelo têem comportamentos distintos, o de trás transmite uma aderência razoável, enquanto o dianteiro é bastante mais fraco, mas este é um ponto a que já nos habituamos, pois os construtores nacionais não parecem inclinados a fornecer os seus modelos com equipamento pneumático de qualidade, no minímo aceitável. Mas mesmo assim a ST50 permite algumas brincadeiras.
Conclusão.
A ST50 vale pela sua polivalência, enfrentando a estrada com à vontade e podendo andar pelos campos. É pena não ser um pouco mais evoluída a nível de suspensões e travões, pois poderia ter um desempenho bastante melhor. No campo estético também poderia haver um pouco mais de cuidado e apresentar um conjunto mais agradável. Com um comportamento aceitável, um nível de acabamentos dentro do seu valor e uma mecânica bastante simples, para além de um preço acessível, este modelo não deixa de ser sempre uma opção para quem deseje um veículo com estas características Numa apreciação global podemos dizer que a ST50 está de acordo com o segmento de mercado onde se insere e sendo essencialmente um bom veículo para trabalho, é o que se costuma dizer "pau para toda a obra."
Nesta foto podemos ver a nova colocação da caixa do filtro de ar.
O banco prolonga-se pelo depósito, acomodando perfeitamente dois ocupantes.
Na traseira. a ST 50 possui um útil suporte de bagagem.
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