P.S- Esta biografia pode conter alguns erros, falhas  ou imprecisões históricas. Se encontrar algum, agradecia que me informasse através do e-mail do site

 

Um pouco de Historia....

A Nacional/ SMC
Augusto Maia nasceu a 17 de Dezembro de 1912 em Lisboa, no seio de uma familia com posses.

Graças às posses da sua familia, é-lhe permitido adquirir um Motociclo. Adquirir um Motociclo na década de 30 era um luxo a que a maior parte da população Portuguesa não tinha acesso. O parque automóvel nesse tempo era bastante diminuto.

Foi neste restrito clube de pessoas que conhece Manuel Calheiro Seixas, o homem que viria a nutrir a mesma vontade de Augusto Maia, a produção de motas.

 Utilizando a quinta dos pais de Maia, deitaram mãos à obra e desenharam as  motas que mais tarde chegaram a produzir. Enquanto Seixas desenhou uma mota de competição, Augusto Maia preferiu um modelo de estrada.

Para a sua construção, alugaram um armazém que ficava um pouco depois do jardim Zoologico de Lisboa. Mas como o espaço era apertado, mudaram para um armazém mais espaçoso. Esse armazém estava localizado onde hoje é a RTP. 

A construção das motas ficou a cargo de Augusto Maia, de Manuel Seixas e de José Silvestre de Freitas.

 As duas motas, por opção dos criadores, vinham equipadas com motores Ingleses da JAP de 500cc a 4 tempos, pois estes eram muito fiáveis. Quanto às caixas de velocidades, a mota de Antonio Maia vinha equipada com uma caixa Albion e a de Manuel Seixas era uma Sturmey- Archer,  pois a Albion não fazia caixas de competição.

Augusto Maia construiu as primeiras 4 motas segundo o seu desenho.  Depois disso retirou-se da sociedade,. O motivo deveu-se ao facto de ter investido na fábrica todo o dinheiro que possuia, cerca de 40 contos (200€). Por se encontrar sem dinheiro, abandonou a sociedade e procurou emprego noutra àrea para poder sustentar a familia .

Depois da saída de Augusto Maia, entrou para a sociedade o Sr. Marinho da Cruz que injectou algum capital na empresa.

Construiram-se mais três ou quatro motas depois do Sr. Augusto Maia ter deixado a empresa, sempre segundo os seus desenhos. Resta acrescentar que a marca depois da saida do Sr. Maia, passou de Nacional para SMC, sendo as ultimas motas produzidas com este nome.

Apesar de várias tentativas para se definir o significado desta sigla, a sua definição continua um mistério que nem o próprio augusto Maia, que é a única pessoa envolvida na marca  que se conhece o seu paradeiro, sabe responder a esta pergunta.

Dando largas à imaginação, a sigla SMC, bem que poderia querer dizer Seixas, Maia e Companhia, ou mesmo Seixas, Maia e Cruz, por exemplo. Se seria um destes significados ou não, certamente que nunca se saberá

Apesar das motas até se venderem bem, o projecto não continuou por falta de apoios.

Manuel Seixas, triste com o desfecho da empresa, foi para o Brasil tentar realizar o seu sonho, a produção de motas.

Apesar de não o conseguir, foi projectista de um dos carros Brasileiros mais famosos de sempre, o Puma.

Augusto Maia arranjou emprego numa empresa de venda de motores  fora de bordo e depois na embaixada Americana em Portugal.

 

Fontes consultadas:

Revistas Topos e Clássicos, artigos de Helder Pereira.

Investigação particular

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